Vivo em mundo negro que de tão negro faz minha mente sombria
Vivendo cada dia com olhos negros em uma solidão de uma mente vazia
Sentindo uma surdez sonora um grito que chora ao se aproximar
Chorando um pranto inacabável que me assusta e assim me faz afastar
Mundo negro, para vida negra
Olhos negros, de uma vida sombria
Surdez sonora, de uma mente vazia
Vazio que me deixa insano, suga vitalidade e me faz desumano
Humanidade que vai embora com essa incessável e incrível maldição
Vivendo nesse mundo, vagando, sorrindo, chorando, com minha solidão
Vagando numa noite escura, cega, surda e muda junto o sofrer
Sofrendo com um pranto negro que tem gosto seco no desejo de morrer
Morte que não menos negra
Atenua a dor e acalma o sofrer
Sofrer que era inigualável de modo indispensável ao tentar viver
Hoje alimentando-se de sangue
Como uma criatura a margem do viver
Vagando pelas ruas negras com um rosto negro tentando esquecer
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